O dia 10 de dezembro é celebrado globalmente como o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A data marca a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, um marco da ONU que estabeleceu princípios básicos de liberdade, dignidade e igualdade para todos.
Mesmo mais de 70 anos depois, a pauta continua urgente. Os direitos humanos nas empresas e nas organizações sociais ganham cada vez mais relevância, especialmente frente às metas de ESG.
Para coordenadores que lideram projetos sociais com foco em impacto e resultados, o desafio é comunicar com clareza o valor dessas ações e consolidar seu papel estratégico.
Agora, você vai entender a importância dos direitos humanos e ESG, além de conhecer práticas que funcionam e formas de usar os projetos sociais e as práticas inclusivas como motores de mudança organizacional e social.
O Dia dos Direitos Humanos foi criado em 1950 pela ONU para celebrar a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro de 1948.
A declaração foi uma resposta às atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Ela definiu, em 30 artigos, o que todo ser humano deve ter garantido: vida, liberdade, segurança, educação, trabalho digno, entre outros.
A data tem valor simbólico e global. No Brasil, ela é uma oportunidade de reforçar compromissos sociais e debater avanços e desafios.
Apesar dos avanços legais e institucionais, milhões de pessoas ainda vivem com seus direitos fundamentais violados no Brasil e no mundo.
A desigualdade racial, por exemplo, persiste como um desafio urgente: segundo dados de 2022 do IBGE, pessoas pretas ou pardas recebem, em média, 73,2% a menos que pessoas brancas no país. Isso revela um abismo estrutural que impacta o acesso à educação, saúde, oportunidades de trabalho e participação política.
A ONU também tem alertado para o agravamento da violência de gênero, com números crescentes de feminicídios. Além do aumento de ataques a povos indígenas e à comunidade LGBTQIAP+, especialmente em cenários de instabilidade econômica e social.
Em muitos contextos, o acesso a direitos básicos, como segurança, moradia, liberdade de expressão e identidade, continua restrito, ou negado.
Por isso, falar de direitos humanos nas empresas não é discurso de impacto. É responsabilidade estratégica. Envolve criar ambientes que reconheçam e combatam desigualdades históricas. Significa revisar políticas, garantir acesso justo a oportunidades e construir espaços onde diversidade, equidade e pertencimento sejam práticas reais, e não apenas intenções.
Temas como diversidade, equidade e pertencimento precisam ser levados a sério. Saiba mais em “Diversidade: qual a sua importância?”.
As empresas exercem influência direta nas condições de trabalho, no respeito às diferenças e na construção de ambientes mais justos. Promover direitos humanos nas empresas é uma forma de gerar valor para todos os públicos: colaboradores, fornecedores, clientes e comunidades do entorno.
Ações efetivas vão além da intenção. Elas precisam estar estruturadas em políticas, processos e metas claras, com indicadores que permitam mensurar avanços e corrigir desvios. Entre as práticas mais eficazes, destacam-se:
Essas ações integram o "S" do ESG, que representa o compromisso social das empresas. São práticas que fortalecem a reputação, atraem talentos e ajudam a prevenir riscos legais e de imagem. E o mais importante: são possíveis em empresas de todos os tamanhos, desde que haja intenção, estratégia e consistência.
Quer colocar isso em prática? Veja mais orientações aqui: Diversidade nas organizações: como colocar em prática.
Projetos sociais bem estruturados são ferramentas poderosas de transformação. Eles ampliam o acesso a direitos, reduzem as desigualdades e geram impacto mensurável.
Na prática, eles podem atuar em frentes como:
Esses projetos também ajudam a consolidar o ESG, demonstrando o compromisso da organização com causas sociais.
Além disso, medir impacto é essencial: use indicadores como alcance, taxa de permanência, nível de satisfação e histórias de mudança. É importante lembrar também que lideranças são peças-chave nesse processo. Quanto mais capacitadas e estratégicas, maior a capacidade de transformar o entorno e fortalecer sua posição de referência.
O 10 de dezembro é mais do que uma data simbólica, é uma oportunidade de conectar propósito e ação, criando espaços de diálogo, aprendizado e transformação dentro e fora da organização.
Para que o engajamento seja real, é essencial que as iniciativas tenham clareza de objetivos, envolvimento das lideranças e abertura ao diálogo. Algumas práticas facilitam isso, como:
E é importante lembrar: ações pontuais não bastam. O impacto é maior quando as iniciativas fazem parte de uma estratégia contínua e intencional, que conecta comunicação, cultura e propósito.
Mesmo ações simples, quando bem planejadas e alinhadas aos valores institucionais, fortalecem a cultura, geram engajamento genuíno e posicionam a empresa como agente de transformação social.
Se bem conduzido, o Dia dos Direitos Humanos pode se tornar um marco anual de mobilização e compromisso coletivo, promovendo pertencimento interno e relevância externa.
O Dia dos Direitos Humanos é um convite a transformar valores em ações, e boas intenções em compromissos duradouros. Ao conectar os direitos humanos nas empresas a práticas reais de inclusão e projetos sociais, criamos ambientes mais justos, conscientes e humanos.
Com estratégia, propósito e liderança, é possível gerar impacto concreto, e ser reconhecida por isso.
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