Educação financeira: entenda sua importância

Última atualização
maio 6, 2019
Escrito por
MGN Consultoria

Educação financeira é todo o processo no qual os indivíduos melhoram a sua compreensão em relação ao dinheiro e produtos com informação, formação e orientação, segundo a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF).

Isso quer dizer que ela empodera a pessoa para que ela não seja controlada pelo seu dinheiro, mas sim que saiba controlá-lo. Para além disso, ela permite que o dinheiro seja investido da melhor forma possível, dando autonomia e podendo gerar renda.

Nesse sentido, educação financeira e voluntariado empresarial podem ser conceitos muito potentes quando se juntam. Isso quer dizer que criar um programa de voluntariado que tenha como foco a educação financeira é uma ótima estratégia para a empresa que busca que seu voluntariado tenha sentido para a realidade brasileira.

Neste texto, iremos apresentar dados que confirmam a importância de se tratar do tema no Brasil, esclarecer o que é educação financeira e trazer alternativas para usá-la no programa de voluntariado empresarial.

Como anda a educação financeira no Brasil?

A população brasileira não possui a cultura de poupar dinheiro. Segundo o último relatório nacional da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), 40% dos brasileiros não poupam nada por mês. Do resto que consegue poupar algum valor por mês, apenas 10% separa uma parte para poupança.

Para chegar a este resultado, a ANBIMA fez um estudo com 3.374 pessoas em todo o Brasil, em 152 municípios. O público-alvo, por sua vez, foram pessoas acima de 16 anos, das classes A, B e C, economicamente ativas, que vivem de renda ou aposentadas.

Além disso, a pesquisa apontou que 40% dos brasileiros afirmaram que usam todo o dinheiro para pagar as contas do mês e, por isso, não conseguem poupar. 25% conseguem poupar sempre que sobra. E apenas 10% disseram que não se preocupam em guardar dinheiro porque querem viver no presente.

Como promover a educação financeira?

A educação financeira acontece quando unimos três elementos:

1) Habilidades;
2) Atitudes; e
3) Comportamentos.

As habilidades se referem a saber aproveitar as características que já têm para usar a favor da educação financeira. Por exemplo, uma habilidade que é preciso ter é o raciocínio matemático, ou seja, fazer contas. Isso é muito importante, sobretudo, na hora de ajudar na tarefa de organizar a vida financeira. Muitas vezes, as pessoas têm habilidades matemáticas, mas não são estimuladas a desenvolvê-las.

Mas não basta ter só habilidade, é preciso ter a atitude correta em relação à administração do dinheiro. É aqui que entra a segunda característica: atitudes. Uma das atitudes para promover a educação financeira é entender o quão importante é planejar o futuro e saber poupar o dinheiro, gerenciando dívidas.

Por último, e talvez o mais difícil, é a mudança de comportamentos. Nesse sentido, por mais que a pessoa consiga ter atitudes favoráveis ao uso consciente de seu dinheiro, ela precisa saber abrir mão de recompensas imediatas, pensando no crescimento para o futuro. Além de ter disciplina e autocontrole.

Aplicando a educação financeira

Há muitas maneiras de aplicar a educação financeira na prática. Como este é um assunto que abrange muitas idades e tipos de pessoas diferentes, é possível desenvolver a educação financeira em diferentes instituições e contextos. 

Alguns exemplos são:

Educação financeira nas escolas 

Quando a educação financeira chega às escolas, é possível pensar em um futuro promissor para as crianças. Aprender sobre como administrar melhor o seu dinheiro desde cedo é uma forma de fazer com que tenhamos adultos mais conscientes no futuro. 

A educação financeira pode chegar às escolas por meio de um projeto social, uma ação de voluntariado ou, ainda, por meio de programas governamentais. O ideal é que o tema seja tratado de uma forma lúdica e que incite as crianças a gostarem do tema e levar para sua vida. 

Educação financeira nas famílias 

Outro lugar importante para desenvolver a educação financeira é dentro de casa. É muito comum que famílias não consigam ter uma relação saudável com o dinheiro e acabam criando dívidas intermináveis. 

Pensando nisso, desenvolver um projeto social que leve a educação financeira às casas de famílias é uma ótima ideia. Quando uma família aprende a controlar melhor seu dinheiro, um mundo de novas possibilidades se abre e é possível, até, mudar vidas. 

Educação financeira pessoal 

Sem dúvidas, saber controlar seu próprio dinheiro, criar consciência sobre como levar uma vida mais sustentável, é transformador. Por isso, a educação financeira é um tema tão importante e pode, efetivamente, mudar comunidades e sociedades inteiras, partindo do individual. 

A melhor forma de tratar a educação financeira pessoal é dando exemplos. Por isso, escolher histórias inspiracionais pode trazer muitos bons frutos se você pensa em desenvolver um projeto social que queira inspirar pessoas a consumirem de forma mais consciente e terem mais controle com suas finanças pessoais. 

Educação financeira na prática

Um projeto ou programa de transformação social, como o voluntariado empresarial, deve utilizar estes três elementos como base para planejar as atividades e ações voluntárias. Assim, alguns exemplos práticos de como utilizar a educação financeira no voluntariado são:

Formação de jovens e adultos

Por meio de atividades lúdicas e vivenciais, é possível que os voluntários façam uma formação voltada para jovens e adultos, que os auxiliem no planejamento financeiro pessoal e familiar, ajudando a realizar sonhos e projetos de vida.

Atividades com crianças

Estimular crianças a pouparem dinheiro também pode ser um modelo de atividade voltada à educação financeira. Um exemplo é a criação de porquinhos de garrafa PET, que servem como cofres. Uma forma simples e muito lúdica de aliar sustentabilidade com educação financeira.

Campanha de mobilização

Preparar uma campanha em que as pessoas se mobilizem pela causa da educação financeira também é uma excelente ideia. Pode ser uma campanha que parta de uma gincana de voluntariado, por exemplo.


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Educação financeira: qual a sua importância?

Como se pôde notar, a educação financeira é um tema de extrema importância para a sociedade. E ela não consiste apenas em aprender a economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro. É muito mais que isso. 

A educação financeira busca ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas, tanto hoje quanto no futuro. Aprender a cuidar melhor das finanças pessoais proporciona a segurança material necessária para investir no que realmente é importante e duradouro. 

Por isso, ela impacta muito positivamente e tem a capacidade de mudar vidas. Um dos seus maiores impactos acontece em meio às crises econômicas.

Em 2020, o mundo vive a pandemia do novo coronavírus, que impactou milhões de pessoas em vários países. Como consequência, a economia sofreu impactos que podem se tornar permanentes ou que serão muito difíceis de recuperar. 

Isso nos mostra o quanto é importante saber controlar o dinheiro, fazer reservas financeiras para momentos de crise. Também mostra o quão importante é investir em projetos sociais, porque, em situações de calamidade pública, a noção de coletividade, comunidade e solidariedade ganha novas proporções. 

Leia mais: Voluntariado online: entenda como funciona

Educação financeira e investimentos: entenda sua relação

É muito comum associar a educação financeira aos investimentos, e isso causar grande repulsa em quem não tem tanta afinidade com o tema e pode achar muito difícil investir. Mas não é nenhum bicho de sete cabeças. 

Investir um pouco do seu dinheiro por mês diz respeito a saber imaginar outras formas de vida e realização de sonhos. Investir é, antes de tudo, um trabalho de autoconhecimento. E a educação financeira tem tudo a ver com este trabalho. 

Quando falamos que a educação financeira ajuda a controlar o dinheiro para realizar sonhos, como ter a casa própria, abrir um negócio, fazer uma viagem, estudar fora, etc., estamos falando sobretudo em investimentos. O ato de guardar o dinheiro em uma poupança já é investir. 

Portanto, um tema não anula o outro e os dois devem conviver bem entre si. 

Qual é o investimento ideal para você?

Saber como investir o dinheiro parte de duas variáveis: perfil e objetivos. Na hora de investir, é preciso tomar como direcionamento a seguinte pergunta: O meu perfil está compatível com meus objetivos?

Dificilmente, alguém se tornará milionário(a) sem correr riscos. Portanto, o perfil de pessoas que querem acumular grandes fortunas não pode ser conservador. 

Outra questão chave na hora de planejar investir é saber se seus objetivos são realistas e traçar metas para ir crescendo o investimento de tempos em tempos. Não adianta querer dar passos maiores que as pernas. É preciso agir com cautela e segurança.

Educação financeira e ações voluntárias: qual é a relação?

Imagina agora a educação financeira ser acessível para todos os públicos? É isso que a relação entre educação financeira e ações voluntárias quer: fazer com que o tema chegue a um número cada vez maior de pessoas e atinja públicos que podem transformar suas vidas partindo da educação financeira. 

Uma ferramenta que pode ser usada para isso é o voluntariado. Para que a ação voluntária de educação financeira seja ainda mais eficaz e atinja melhor o público-alvo, listamos algumas dicas importantes:

  • Utilize uma abordagem positiva em relação ao tema. Por exemplo: melhor dizer “fique com as contas no azul” do que “não é bom ficar com as contas no vermelho”.
  • Evite juízo de valor e julgamentos em relação ao comportamento ou às opiniões do público beneficiado.
  • A abordagem sobre o tema deve ser isenta, ou seja, não fazer propaganda de serviços ou produtos, mesmo que seja da sua empresa. O marketing pode ter efeito negativo.

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Escolher a educação financeira como tema para o programa de voluntariado, por sua vez, é uma decisão certeira, já que é algo que atinge a todos os públicos e ajuda na transformação da vida de muitas pessoas. Além disso, é um tema versátil, permeando vários contextos e que pode ser aliado a outros temas, como sustentabilidade, alimentação saudável, consumo consciente e territorialidade.


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