Qual é a melhor maneira de unir investimento social e esporte?
Desde a atuação da MGN nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio em 2016, nosso interesse pela união destes dois temas só aumentou. De lá para cá, descobrimos o quanto a temática esportiva pode ser flexível e nos permitir trabalhar com diferentes perspectivas, públicos e contextos.
Apesar de ser comum histórias de superação de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pelo esporte, e pesquisas comprovarem a relação do esporte com o desenvolvimento humano integral, a busca pelo investimento na área ainda não é tão expressivo.
Segundo o Censo GIFE 2022-2023, apenas 20% das 137 organizações de Investimento Social Privado entrevistadas atuavam com a categoria Esporte e Lazer no Brasil.
🔗 Gráfico: Censo GIFE 2022-202
Com os Jogos Olímpicos de Paris logo se aproximando, e pensando em todas as possibilidades que o esporte pode proporcionar, listamos neste artigo maneiras eficazes de trabalhar o tema do esporte no âmbito social, promovendo qualidade de vida, saúde, inclusão e voluntariado.
Continue a leitura e veja como leis de incentivo, programas de diversidade, acessibilidade e parcerias estratégicas podem ser alavancadas para causar um impacto positivo duradouro.
O esporte é uma plataforma poderosa para promover o voluntariado e engajar comunidades, bem como fomentar a inclusão social, e pode ser trabalho de muitas formas diferentes.
Listamos abaixo 7 exemplos dentro e fora do Brasil para te inspirar:
1. Utilização de leis de incentivo ao esporte
2. Prática esportiva nas escolas
3. Promoção de esportes inclusivos
4. Apoio a centros esportivos comunitários
5. Parcerias estratégicas com clubes e associações esportivas
6. Eventos esportivos com mão de obra voluntária
7. Ações de bem-estar e saúde através do esporte
Projetos sociais com incentivo fiscal são aqueles em que as empresas destinam parte de seus impostos devidos para Organizações da Sociedade Civil e, dessa forma, fortalecem a atuação dessas entidades.
A Lei de incentivo ao esporte é uma ferramenta poderosa para financiar projetos esportivos comunitários. Das 39 organizações que declararam utilizar incentivos fiscais no Censo GIFE 2022-2023, 54% aderiram à Lei de Incentivo ao Esporte. Ela é a segunda mais popular, perdendo apenas para a Lei Rouanet, com 62%.
Com este recurso, empresas podem destinar parte de seus impostos para projetos que promovam o esporte em comunidades, com voluntários ajudando na execução e supervisão dessas iniciativas, por exemplo. Isso não só melhora a infraestrutura esportiva, mas também promove a inclusão social e o desenvolvimento comunitário.
🔎 Veja também: Projetos sociais com incentivo fiscal: como funcionam?
Desenvolver parcerias com escolas e comunidades locais para implementar programas esportivos é fundamental para incentivar a participação de crianças e jovens e garantir que a cultura esportiva chegue até as novas gerações. Essas parcerias fortalecem os laços entre a empresa e a comunidade e, além de contribuir para a reputação da marca, deixam como legado um impacto positivo duradouro.
Em 2017, participamos da criação do projeto Impulsiona, uma iniciativa do Instituto Península, com a proposta de trabalhar competências socioemocionais e fortalecer a cultura esportiva em estudantes de escolas públicas em todo os Brasil. O Impulsiona tornou-se referência no uso de Inbound Marketing (marketing de atração) em projetos sociais voltados à área de Educação. Com uma produção massiva de conteúdos digitais e cursos online, conseguiu atingir mais de 10 mil escolas no primeiro ano de atuação em todo o Brasil.
Os esportes paralímpicos, como bocha e vôlei sentado, exemplificam como o exercício esportivo pode ser uma ferramenta poderosa de inclusão social. Portanto, pensar em programas que utilizem o esporte para integrar pessoas com deficiência, idosos e outros grupos vulneráveis é crucial.
Em 2016, a MGN trabalhou em parceria com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Programa Transforma Rio 2016. Dentre muitas iniciativas diferentes, organizamos a ida de aproximadamente 30.000 alunos e professores de escolas públicas de 86 municípios do estado do Rio de Janeiro para assistirem às competições dos Jogos Paralímpicos. O objetivo do projeto foi jogar luz ao esporte Paralímpico, levando um número alto de crianças e adolescentes para terem um primeiro contato com as modalidades.
Ações de menor escala também podem surtir o mesmo efeito, como a organização de pequenos torneios, workshops e palestras que deem a oportunidade dos participantes experimentarem e aprenderem mais sobre esportes inclusivos.
Criar ou ajudar a manter centros esportivos comunitários é uma maneira eficaz de garantir que pessoas de todas as idades e origens tenham acesso a instalações adequadas para a prática esportiva. Estes centros podem oferecer uma variedade de atividades esportivas e recreativas, além de programas educativos e de saúde.
Existem diversas Organizações Sociais que atuam com a premissa de transformar a realidade de crianças e adolescentes por meio do esporte. Conheça 15 ONGs e Projetos que fazem a diferença por meio do esporte.
Apoiar organizações que já atuam na área é uma maneira de garantir que o investimento será direcionado de maneira eficiente e estratégica para fomentar a causa.
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Firmar parcerias com clubes esportivos, academias e associações pode ampliar o alcance dos projetos sociais. Essas parcerias permitem que as organizações utilizem as instalações, expertise e recursos dos clubes para implementar programas esportivos comunitários de maneira mais eficaz.
Um case de sucesso na junção de clube, Organização Social e Investimento Social Privado é a parceria entre o clube de futebol Corinthians, a Fundação Gol de Letra e o Grupo Itaú.
Essa parceria tripla tem sido bem-sucedida em promover o desenvolvimento social e esportivo de milhares de jovens, oferecendo-lhes oportunidades de crescimento pessoal e profissional. O envolvimento de um clube de futebol de grande visibilidade como o Corinthians ajuda a atrair a atenção para a importância do investimento social no esporte, enquanto a expertise da Fundação Gol de Letra e o apoio financeiro do Itaú garantem a implementação eficiente e sustentável dos projetos.
A organização de eventos esportivos locais, como maratonas, torneios e festivais esportivos requer investimento. Uma maneira de realizar esse tipo de evento ainda que com baixo orçamento é incentivando o trabalho voluntário. Isso porque, esse tipo de evento oferece a oportunidade de voluntários se envolverem ativamente, seja ajudando na organização, promovendo o evento ou participando como atletas.
Um exemplo de evento esportivo que utiliza mão de obra voluntária e tem como foco a transformação social é a Maratona de Nova York (TCS New York City Marathon). Este é um dos maiores e mais famosos eventos de corrida do mundo, realizado anualmente desde 1970. A corrida atrai dezenas de milhares de corredores de todo o mundo, incluindo atletas profissionais e amadores.
O evento conta com o apoio de aproximadamente 10.000 voluntários que desempenham uma variedade de funções essenciais para o sucesso da maratona. Os voluntários ajudam na distribuição de água e alimentos, orientação dos corredores, gerenciamento de pontos de controle e suporte médico, entre outras atividades.
A maratona é organizada pela New York Road Runners (NYRR), uma organização sem fins lucrativos que promove a corrida e a atividade física como ferramentas para a saúde e o bem-estar e os fundos arrecadados pela maratona são destinados para diversos programas sociais e comunitários.
Mas não é preciso viajar para outro país para se inspirar em exemplos de eventos esportivos com mão de obra voluntária. Em 2019, cerca de 50 voluntários do Banco Votorantim realizaram uma ação com foco na temática esportiva na Escola Estadual Prof. Paulo Rossi, em São Paulo. Os voluntários organizaram atividades para crianças e adolescentes, incluindo esportes paralímpicos como vôlei sentado, judô, karatê, rugby, tênis, ginástica olímpica e capoeira. Além das atividades esportivas, houve melhorias na infraestrutura da escola, como pintura das quadras e grafite.
"Em parceria com confederações, levamos atletas de diversas modalidades para dentro das salas de aula. Realizamos um dia de experimentação esportiva aproveitando cada cantinho da escola", disse Marcelo Nonohay, fundador da MGN Consultoria, durante a ação.
Segundo a diretora da escola, Aline Granoni: "essas ações são fundamentais para a Escola Paulo Rossi, porque sem elas a gente jamais conseguiria fazer com que os alunos tivessem acesso a certos bens culturais, como os esportes que foram apresentados".
Programas de bem-estar que integrem atividades esportivas podem melhorar significativamente a saúde física e mental dos participantes. Esses programas podem incluir aulas de yoga, treinamento funcional, caminhadas e corridas comunitárias.
Essa é uma ótima oportunidade de utilizar voluntários para organizar e promover atividades físicas regulares que incentivem um estilo de vida saudável. Por exemplo, grupos de corrida, aulas de ioga ao ar livre.
Uma opção que une esporte, sustentabilidade e voluntariado é o plogging, a prática que consiste em recolher o lixo nas ruas enquanto você caminha.
🔎 Saiba mais: Plogging: conheça o esporte que une exercício físico com sustentabilidade
Na MGN, desenvolvemos o projeto Circuito Recicla, que se baseia no plogging para unir impacto socioambiental e atividade física. Já replicamos essa ideia em empresas de diferentes tamanhos e áreas, e o resultado é sempre positivo.
Veja abaixo o vídeo case do Circuito Recicla que realizamos com o Instituto Center Norte em 2019.
Para saber mais sobre como implementar iniciativas que unem investimento social social, esporte, voluntariado ou leis de incentivo na sua empresa ou comunidade, entre em contato conosco e descubra como podemos colaborar para promover a responsabilidade social através do esporte.
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