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Economia solidária: guia estratégico para líderes em ESG

Última atualização
agosto 19, 2025
Escrito por
MGN Consultoria

A economia solidária é uma forma de organização econômica baseada na cooperação, na inclusão produtiva e no desenvolvimento local sustentável. Ela propõe um modelo econômico mais justo, que valoriza as pessoas, o território e o meio ambiente.

Em tempos de foco em práticas ESG, a economia solidária oferece caminhos concretos para gerar impacto social com responsabilidade e resultados mensuráveis. Líderes que coordenam projetos com propósito podem usar essa abordagem para engajar equipes e transformar comunidades.

Esse guia apresenta conceitos, dados e práticas aplicáveis. O objetivo é apoiar profissionais estratégicos na criação de redes colaborativas e soluções sustentáveis.

O que é economia solidária

A economia solidária é um modelo econômico alternativo ao sistema tradicional que prioriza o trabalho coletivo, a autogestão e o uso justo dos recursos. Desta forma, empreendimentos solidários são organizados por cooperativas, associações ou grupos produtivos com foco no bem comum.

Diferente do modelo de lucro individual, a economia solidária distribui ganhos entre os envolvidos, as decisões são coletivas, e o foco é a melhoria da vida das pessoas. Esse modelo se conecta diretamente aos pilares ESG, principalmente aos aspectos sociais e de governança.

É uma forma eficaz de promover empreendedorismo social, fortalecer comunidades e ampliar o impacto positivo das empresas.

Benefícios da economia solidária para comunidades e empresas

A economia solidária impulsiona o desenvolvimento local sustentável com base na valorização de talentos e no fortalecimento das economias regionais. Ela promove a inclusão produtiva, principalmente de mulheres, jovens, pessoas negras e populações periféricas.

Além de gerar renda e trabalho digno, essa abordagem melhora a qualidade de vida nas comunidades onde atua. 

Para as empresas, representa uma oportunidade de fortalecer sua imagem institucional, gerar valor social e se destacar em práticas ESG. Veja alguns dados que reforçam isso: 

  • Segundo o IPEA, mais de 80% dos empreendimentos solidários têm foco em grupos em situação de vulnerabilidade;
  • Um estudo da OIT mostra que negócios solidários aumentam a renda em até 45% em comunidades com baixo acesso ao mercado formal.

Os líderes podem usar esses dados para demonstrar resultados e engajar conselhos, parceiros e financiadores em projetos de impacto real.

Entenda como estruturar sua estratégia ESG com apoio especializado: Consultoria em ESG: como funciona

Estruturas e exemplos práticos de economia solidária

Os empreendimentos solidários podem assumir diferentes formas, sempre com foco na autogestão e na cooperação. Essas estruturas podem ser apoiadas por empresas, prefeituras, universidades ou organizações do terceiro setor e, as principais delas, são: 

  • Cooperativas de produção e serviço: formadas por trabalhadores que compartilham meios de produção e dividem os resultados.
  • Associações comunitárias: unem pessoas com objetivos comuns, como produzir, vender ou prestar serviços em conjunto.
  • Redes colaborativas: conectam diferentes empreendimentos para trocar experiências, insumos e ampliar a força comercial.

Como exemplo, podemos citar a Rede Bodega Sustentável, no Ceará, que reúne artesãos, agricultores e empreendedores locais. Eles vendem seus produtos coletivamente, fortalecendo a renda familiar e a economia regional.

Outro exemplo é o Banco Palmas, primeiro banco comunitário do Brasil, que opera com moeda social e fortalece o consumo local, tendo seu modelo replicado em diversas cidades.

Como implementar iniciativas de economia solidária na sua organização

Integrar a economia solidária às práticas organizacionais exige visão estratégica e ações bem estruturadas. Para iniciar esse processo, é importante seguir algumas etapas: 

  1. Diagnóstico do território e dos públicos envolvidos: identificar necessidades e potenciais parceiros locais é o primeiro passo.
  2. Criação de políticas internas de compras sustentáveis: dar preferência a produtos e serviços de cooperativas e associações locais.
  3. Parcerias com redes colaborativas e ONGs: unir esforços com quem já atua no território amplia o alcance e a efetividade.
  4. Definição de indicadores de impacto: estabelecer métricas que demonstrem a contribuição da iniciativa para o ESG e o desenvolvimento local sustentável.
  5. Capacitação interna e externa: formar lideranças e públicos beneficiados é essencial para a sustentabilidade das ações.

Ao implementar iniciativas de economia solidária, a empresa não apenas fortalece sua presença no território, mas também amplia sua contribuição para um desenvolvimento local sustentável e inclusivo. 

Essas ações, quando bem estruturadas e alinhadas aos princípios ESG, geram valor social, econômico e reputacional. Para lideranças, adotar esse modelo é uma boa forma de promover inclusão produtiva e construir redes colaborativas duradouras, capazes de transformar comunidades e impulsionar resultados com propósito.

O papel da economia solidária no fortalecimento do ESG

A economia solidária tem um papel estratégico no avanço das práticas ESG, especialmente nos pilares social e de governança. Ao priorizar pessoas e relações de confiança, esse modelo impulsiona transformações reais e sustentáveis.

No pilar social, a economia solidária amplia o acesso ao trabalho digno, promove a inclusão produtiva de grupos vulneráveis e fortalece a autonomia econômica. Ao apoiar cooperativas e associações locais, as empresas contribuem diretamente para reduzir desigualdades e gerar desenvolvimento local sustentável, pontos centrais para uma atuação com impacto positivo. 

Já no pilar de governança, a economia solidária estimula a gestão participativa, a transparência nos processos e o envolvimento ativo dos stakeholders. Isso fortalece a cultura organizacional e melhora a relação com colaboradores, parceiros e comunidades. Projetos com base solidária também ajudam a prevenir riscos reputacionais e reforçam o compromisso ético da empresa.

Além disso, iniciativas estruturadas com base em redes colaborativas geram valor compartilhado e vínculos duradouros. Elas mostram à sociedade que a organização não busca apenas lucro, mas também investe na transformação do território onde atua.

Veja como definir prioridades com base nos temas materiais do ESG. 

Economia solidária: gerando impacto social e vantagem competitiva

A economia solidária não é apenas uma forma de gerar impacto social. É também uma vantagem competitiva que posiciona organizações como agentes de transformação.

Ela fortalece o desenvolvimento local sustentável, cria oportunidades por meio da inclusão produtiva e estimula o surgimento de redes colaborativas e soluções inovadoras.

Líderes podem usar esse modelo para ampliar resultados, consolidar a agenda ESG e promover ações com propósito e legado.

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