Temas materiais no ESG: o que são?

Última atualização
março 31, 2022
Escrito por
MGN Consultoria

Temas materiais no ESG (Environmental, Social and Governance) são aqueles que refletem os impactos econômicos, ambientais e sociais significativos da empresa. Também são temas que podem influenciar as avaliações e as decisões dos stakeholders.

E como a empresa define os temas materiais? Por meio do que chamamos de matriz de materialidade

Abaixo, vamos falar um pouco mais sobre temas materiais no ESG e como defini-los na empresa. Confira!

 

Temas materiais no ESG: o que é matriz de materialidade?

Quando falamos em temas materiais no ESG, o assunto pode parecer muito distante do que já fizemos até agora no Investimento Social Privado ou na área de responsabilidade social, que são termos mais comuns e antigos para as empresas. 

Mas, na realidade, os temas materiais já eram definidos antes pelas empresas quando criavam seus projetos sociais. Por exemplo, quando uma empresa desenvolvia um programa de educação para as escolas de sua comunidade porque tinha como um dos princípios fundamentais trabalhar a educação de crianças e jovens, ela já estava trabalhando um tema material. 

A grande diferença dos temas materiais no ESG é que eles, hoje, são definidos por princípios fundamentados em pesquisas baseadas na percepção dos stakeholders sobre os impactos sociais da empresa e na estratégia de negócio. 

A matriz de materialidade é o processo usado para definir os temas materiais no ESG. Ela surge a partir de questionários que são respondidos por todas as partes envolvidas da empresa: desde seus colaboradores, fornecedores, clientes, público-alvo, e assim por diante. Vamos saber melhor como isso funciona?

Temas materiais no ESG: como definir?

Conforme surgem questões ambientais, sociais e de governança, as empresas acabam sendo inseridas neste contexto e, por isso, torna-se valioso contar com a materialidade para elaborar um planejamento estratégico. 

A matriz de materialidade permite avaliar e analisar cada assunto para minimizar custos e elevar a participação da organização no mercado. 

Ademais, ela ajuda no gerenciamento de riscos e a gerar oportunidades de negócio por meio da identificação de temas como serviços e modelos que possam melhorar fatores como preços, margem de lucro, etc. 

Os temas materiais podem ser definidos por meio de:

  1. Envolvimento de stakeholders (públicos interno e externo);
  2. Benchmarking da área de sustentabilidade; e
  3. Análise dos meios de comunicação. 

Vamos saber um pouco mais sobre cada um dos itens a seguir:

Envolvimento de stakeholders

Toda empresa tem seu público interno (colaboradores, comitê de conselho, diretoria, acionistas, etc) e externo (comunidade, fornecedores, concorrentes, etc). A eles chamamos de stakeholders. Cada um dos stakeholders possui suas preocupações e expectativas em relação a atuação da empresa. 

Por este motivo, para definir os temas materiais no ESG é de extrema importância que a organização promova reuniões e grupos de discussão com cada parte envolvida para saber quais assuntos cada público acredita ser mais relevante. 

Benchmarking da área de sustentabilidade

Benchmarking é o processo de avaliação da empresa em relação à concorrência, por meio do qual incorpora os melhores desempenhos de outros negócios e/ou aperfeiçoa os seus próprios métodos.

É importante que a área de sustentabilidade, para definir os seus temas materiais no ESG, realize um benchmarking com outras empresas que já construíram sua matriz de materialidade e começaram a trabalhar com seus temas materiais. Neste caso, é importante levar em consideração empresas que trabalhem com o mesmo tipo de negócio. 


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Análise dos meios de comunicação

Analisar os meios de comunicação é um conjunto de ações - clipping de imprensa, análise de resultados e métricas das redes sociais, análise de métricas do site da empresa, etc. - que ajuda a entender como a empresa é vista de fora. 

A imagem e a reputação da empresa na mídia é um item essencial para definir os temas materiais no ESG porque é a partir disso que a empresa pode definir seu reposicionamento de marca e o que importa mais para o público externo. 

Por meio de uma boa pesquisa de boas práticas, levando em consideração o envolvimento dos públicos interno e externo, o benchmarking com outras áreas de sustentabilidade e a análise dos meios de comunicação é possível fazer um levantamento de diversos temas que são importantes para a organização. 

Temas materiais no ESG: dados consistentes 

A matriz de materialidade existe não somente para cumprir os requisitos do Global Reporting Initiative (GRI)  - um dos indicadores mais relevantes para o ESG. Ela existe como uma ferramenta importante para as empresas cuidarem das oportunidades que podem surgir e os aprendizados. 

Muitas vezes, as informações e dados podem ser colhidos sem o devido cuidado. Isso acaba por deixar de fora a análise de gestores importantes, gerando uma matriz incompleta e inconsistente.

Por isso, para ter uma matriz consistente e que de fato mostre à empresa os temas materiais importantes para o negócio, é  essencial que a pesquisa seja realizada por profissionais que consigam levantar dados de relevância e identificar todos os públicos envolvidos. 

Afinal, a matriz de materialidade é que vai mostrar para a empresa as oportunidades de temas materiais e os interesses de ESG, no ponto de vista dos stakeholders.

Focando nos riscos ambientais, sociais e de governança (ESG), é possível que o levantamento de materialidade, quando bem realizado, ajude a empresa a atuar de forma mais assertiva e, de fato, ajudar na transformação social de sua comunidade. 

E a sua empresa, como está em relação ao ESG? Podemos conversar melhor sobre o assunto. Clique aqui e envie uma mensagem. 

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