A economia solidária é uma forma de organização econômica baseada na cooperação, na inclusão produtiva e no desenvolvimento local sustentável. Ela propõe um modelo econômico mais justo, que valoriza as pessoas, o território e o meio ambiente.
Em tempos de foco em práticas ESG, a economia solidária oferece caminhos concretos para gerar impacto social com responsabilidade e resultados mensuráveis. Líderes que coordenam projetos com propósito podem usar essa abordagem para engajar equipes e transformar comunidades.
Esse guia apresenta conceitos, dados e práticas aplicáveis. O objetivo é apoiar profissionais estratégicos na criação de redes colaborativas e soluções sustentáveis.
A economia solidária é um modelo econômico alternativo ao sistema tradicional que prioriza o trabalho coletivo, a autogestão e o uso justo dos recursos. Desta forma, empreendimentos solidários são organizados por cooperativas, associações ou grupos produtivos com foco no bem comum.
Diferente do modelo de lucro individual, a economia solidária distribui ganhos entre os envolvidos, as decisões são coletivas, e o foco é a melhoria da vida das pessoas. Esse modelo se conecta diretamente aos pilares ESG, principalmente aos aspectos sociais e de governança.
É uma forma eficaz de promover empreendedorismo social, fortalecer comunidades e ampliar o impacto positivo das empresas.
A economia solidária impulsiona o desenvolvimento local sustentável com base na valorização de talentos e no fortalecimento das economias regionais. Ela promove a inclusão produtiva, principalmente de mulheres, jovens, pessoas negras e populações periféricas.
Além de gerar renda e trabalho digno, essa abordagem melhora a qualidade de vida nas comunidades onde atua.
Para as empresas, representa uma oportunidade de fortalecer sua imagem institucional, gerar valor social e se destacar em práticas ESG. Veja alguns dados que reforçam isso:
Os líderes podem usar esses dados para demonstrar resultados e engajar conselhos, parceiros e financiadores em projetos de impacto real.
Entenda como estruturar sua estratégia ESG com apoio especializado: Consultoria em ESG: como funciona
Os empreendimentos solidários podem assumir diferentes formas, sempre com foco na autogestão e na cooperação. Essas estruturas podem ser apoiadas por empresas, prefeituras, universidades ou organizações do terceiro setor e, as principais delas, são:
Como exemplo, podemos citar a Rede Bodega Sustentável, no Ceará, que reúne artesãos, agricultores e empreendedores locais. Eles vendem seus produtos coletivamente, fortalecendo a renda familiar e a economia regional.
Outro exemplo é o Banco Palmas, primeiro banco comunitário do Brasil, que opera com moeda social e fortalece o consumo local, tendo seu modelo replicado em diversas cidades.
Integrar a economia solidária às práticas organizacionais exige visão estratégica e ações bem estruturadas. Para iniciar esse processo, é importante seguir algumas etapas:
Ao implementar iniciativas de economia solidária, a empresa não apenas fortalece sua presença no território, mas também amplia sua contribuição para um desenvolvimento local sustentável e inclusivo.
Essas ações, quando bem estruturadas e alinhadas aos princípios ESG, geram valor social, econômico e reputacional. Para lideranças, adotar esse modelo é uma boa forma de promover inclusão produtiva e construir redes colaborativas duradouras, capazes de transformar comunidades e impulsionar resultados com propósito.
A economia solidária tem um papel estratégico no avanço das práticas ESG, especialmente nos pilares social e de governança. Ao priorizar pessoas e relações de confiança, esse modelo impulsiona transformações reais e sustentáveis.
No pilar social, a economia solidária amplia o acesso ao trabalho digno, promove a inclusão produtiva de grupos vulneráveis e fortalece a autonomia econômica. Ao apoiar cooperativas e associações locais, as empresas contribuem diretamente para reduzir desigualdades e gerar desenvolvimento local sustentável, pontos centrais para uma atuação com impacto positivo.
Já no pilar de governança, a economia solidária estimula a gestão participativa, a transparência nos processos e o envolvimento ativo dos stakeholders. Isso fortalece a cultura organizacional e melhora a relação com colaboradores, parceiros e comunidades. Projetos com base solidária também ajudam a prevenir riscos reputacionais e reforçam o compromisso ético da empresa.
Além disso, iniciativas estruturadas com base em redes colaborativas geram valor compartilhado e vínculos duradouros. Elas mostram à sociedade que a organização não busca apenas lucro, mas também investe na transformação do território onde atua.
Veja como definir prioridades com base nos temas materiais do ESG.
A economia solidária não é apenas uma forma de gerar impacto social. É também uma vantagem competitiva que posiciona organizações como agentes de transformação.
Ela fortalece o desenvolvimento local sustentável, cria oportunidades por meio da inclusão produtiva e estimula o surgimento de redes colaborativas e soluções inovadoras.
Líderes podem usar esse modelo para ampliar resultados, consolidar a agenda ESG e promover ações com propósito e legado.
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