A tendência do Investimento Social Privado (ISP) no Brasil é buscar soluções para problemas sociais de maneira cada vez mais criativa e efetiva. Nos últimos dois anos, o mundo enfrentou (e ainda enfrenta) a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) e isso fez com que as ações de Investimento Social Privado passassem por grandes transformações.
É chegada a hora, portanto, de encarar as mudanças e passar a desenvolver projetos e programas de Investimento Social Privado e Responsabilidade Social Empresarial que, efetivamente, atinjam a sociedade.
No último ano, o segundo da pandemia de COVID-19, lideranças de grandes corporações tiveram que repensar a forma como faziam o Investimento Social Privado.
Segundo a revista Forbes, na qual uma variedade de líderes estratégicos opinaram sobre tendência de Investimento Social Privado, o ano de 2021 reforçou temas como:
1) diversidade;
2) equidade e inclusão;
3) saúde;
4) justiça social;
5) novos medicamentos e pesquisas médicas;
6) segurança pessoal e bem-estar geral;
7) apoio à saúde mental;
8) resiliência da comunidade;
9) habitação;
10) apoio para pequenas empresas;
11) educação para promover inovação.
Para os especialistas, estes seriam os temas macro a serem trabalhados, em 2022, como tendência do Investimento Social Privado no Brasil e no mundo.
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Estes temas mostram que, cada vez mais, a demanda pela produção de conhecimento e por oportunidades de troca de experiências tem aumentado. Hoje em dia, a relação entre as comunidades e as empresas ajuda a desenhar e desenvolver projetos que partam de necessidades reais. Comunidades e empresas agora andam lado a lado.
Onda de solidariedade invadiu o Brasil no último ano
A gravidade dos impactos ocasionados pela chegada do coronavírus ao Brasil, em março de 2020, provocou uma onda de solidariedade. Segundo o Monitor das doações, da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), os brasileiros doaram R$ 7.164 bilhões no pós-COVID.
O Censo GIFE 2020 também mostrou um aumento de 53% de doações em relação ao valor reportado em 2018. Se o brasileiro está mais solidário e doando mais, quer dizer que a tendência é aproveitar essa onda no Investimento Social Privado para criar mudanças efetivas na sociedade.
O GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas) sempre fica antenado em tudo que rola de tendência do Investimento Social Privado.
Segundo o grupo, no último ano, no Brasil, houve um boom do ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance). Isso quer dizer que as empresas se vêem cada vez mais pressionadas por consumidores, acionistas, investidores e demais stakeholders para uma maior responsabilidade social corporativa.
🔎 Leia mais: ESG: tudo que você precisa saber
Temas de responsabilidade coletiva que demandam a união de esforços para promoção de avanços significativos estão fazendo a diferença no Investimento Social Privado.
Está cada vez mais inaceitável, por exemplo, que empresas não desenvolvam políticas afirmativas para inclusão de mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência (PCDs) e LGBTQIA+. Ou que não tenham metas e planos que busquem diminuir o impacto ambiental ao planeta.
Diante disso, pontuamos algumas tendências para o Investimento Social Privado em nosso país:
Práticas plurais, co-criação e execução compartilhada
É possível trabalhar com vários temas de responsabilidade social compartilhados e que se complementam. Por exemplo, educação e meio ambiente.
Menos burocracia e mais agilidade
A relação entre comunidades e empresas está cada vez menos burocrática e a pandemia de COVID-19 veio para mostrar a importância de práticas assistencialistas diante de uma crise sanitária, econômica e política.
Processos ágeis e mais digitalização
Existe uma tendência crescente pela adoção de tecnologias para auxiliar no monitoramento de projetos investidos. Nesse sentido, nota-se um crescimento de alternativas como plataformas de gestão de editais e de monitoramento de relatórios e envio de evidências. A automatização de processos facilita, agiliza e digitaliza a gestão do Investimento Social Privado.
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Investimento em negócios de impacto social
O impacto social se mostra como grande tendência de mercado, fazendo com que os investidores busquem negócios que tenham como objetivo final a transformação social.
Corresponsabilização de toda sociedade
Governos, empresas e indivíduos atuando conjuntamente, com participação social, para causas de interesse da sociedade. Como, por exemplo, a luta pela vacina.
Combinação de filantropia com outros mecanismos de investimento
Um exemplo é o Blended Finance - estrutura de financiamento que congrega vários tipos de capital com expectativas distintas de risco, retorno e impacto.
Organização da sociedade civil mais dinâmica e menos formalizada
Este ponto tem a ver com o surgimento de coletivos e movimentos que demandam maior atenção e devem impactar a forma de atuação do setor nos territórios.
Modelos de atuação híbridos
Com a pandemia de COVID-19, o mundo foi obrigado a partir para o digital e no Investimento Social Privado não foi diferente. A tendência agora é desenvolver ações que sejam híbridas (presencial e virtual) e não perder o impacto social efetivo.
🔎 Direitos humanos: definição, história e impacto na transformação social
Nos últimos dois anos, alguns temas se apresentaram como grandes tendências do Investimento Social Privado. Eles devem se fortalecer em 2022 justamente por terem surgido em um contexto de crise sanitária.
Os temas e agendas de maior destaque são:
Se o seu plano de Investimento Social Privado seguir essas temáticas em 2022, seu negócio terá sucesso entre todas as partes envolvidas (comunidade, empresa, colaboradores e demais stakeholders). E, quando falamos em sucesso neste contexto, falamos em impacto social positivo.
Lembre-se que é importante a empresa não perder de vista as experiências passadas até aqui e ampliar para uma visão de futuro. Conectar responsabilidade social e visão de futuro é fundamental para o Investimento Social Privado.
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